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Traçados do Arapiuns patrimônio cultural

A valorização da arte e da cultura de um povo que utiliza de forma sustentável os recursos naturais da Amazônia foram os principais objetivos do Projeto de Lei de autoria de Carlos Martins, quando foi deputado, na Assembleia Legislativa do Pará. O projeto tornou patrimônio cultural de natureza imaterial do Estado os trançados de fibras naturais da região do Arapiuns, originários do município de Santarém, no oeste do Pará.

Trançado – O trançado de palha é muito utilizado no artesanato popular do Pará, com ele são fabricados objetos como cestarias, chapéus, sacolas entre outros artigos típicos do Estado. Como matéria prima dos trançados podem ser utilizadas fibras vegetais de espécies como: guarumã (Ischinosiphon Koern), o miriti (Mauritia flexuosa) e o tucumã (Astrocaryum vulgare Mart). Estas espécies sempre fizeram parte da cultura das diversas tribos indígenas que habitam a região. Especificamente na região do rio Arapiuns, as comunidades utilizam as fibras de tucumã como matéria-prima para a produção dos trançados.

Carlos Martins, naquela ocasião, destacou a comunidade de Coroca, em Santarém, como uma das principais produtoras do artesanato à base dos trançados. A comunidade tem o apoio do Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular, do Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional – IPHAN, da Associação Cultural dos Amigos do Museu do Folclore Edison Carneiro – ACAMUFEC, com sede no Rio de Janeiro, Petrobrás e SEBRAE/PA.

“A utilização dos recursos de forma sustentável é uma iniciativa que merece ter destaque no setor produtivo e cultural do nosso Estado. Esta proposição pretende valorizar em preservar esta iniciativa que há gerações movimenta a região do rio Arapiuns”.


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